Pr. José Vidigal Queirós
Normalmente, quando
chega a hora
dos noticiários de TV, todos habitualmente se acomodam na sala e ouvem
atentamente os repórteres anunciarem: “Bomba explode na Embaixada
Americana, em
Bagdá!. Revolta de presos,
em São
Paulo, resulta em 20 mortos e 120 feridos!. Perigoso estuprador
confessa ter assassinado 16 mulheres!. Policial é preso por envolvimento em
quadrilha de traficantes!. Em Brasília, um
mendigo é incendiado por
adolescentes, enquanto
dormia numa calçada!. Maremoto devasta
as Ilhas Filipinas e mata
mais de 2000 pessoas!”... E, em tom
macabro, prosseguem anunciando a desgraça
do mundo para
saciar a sede
de milhões que
só se interessam pela
tragédia.
Esta é a saga
do inferno, no mundo
dos mortais. Este
é o mundo no qual
a morte e a destruição
fazem sucesso na TV e na imprensa. Na mídia, o “gestor do mal” vai ganhando
destaque, ao conquistar os índices mais elevados nas pesquisas de opinião
pública, e atraindo a massa perditionis
que, embora culta, imerge no oceano da ignorância espiritual, totalmente
alienada do seu próprio Criador. Mas, qual haverá de ser a “Última Notícia” que
o mundo ouvirá?
No contexto da pós-modernidade, que
notícia importante
a igreja tem a espalhar pelo mundo?
Em vez de exercer o papel de “agência de comunicação”, a igreja está se
tornando “o objeto da trágica notícia”. Portanto, urge questionarmos: Como os
cristãos, a quem Jesus designou como “sal
da terra” e “luz de um mundo” (Mt
5.13-14), podem atrair estes ouvintes
das desventuras para a “Boa Nova” que nos dá esperança? Se a igreja não proclamar
a “Boa Notícia” (Evangelho) para o mundo, com certeza, ela se tornará “a
notícia”. A Boa Nova de Salvação (Evangelho) é a mais
importante notícia que
Deus tem a proclamar ao mundo os mortais.
Mas, o que
é o Evangelho? O que de tão
significativo ele traz no conteúdo de sua mensagem? A palavra
evangelho
significa literalmente Boa Nova, ou seja, o anúncio
de que algo
novo está acontecendo ou
aconteceu para a alegria
dos que ouvem. Conhecemos o valor e
o significado do evangelho, pela forma como os primeiros
discípulos de Jesus o anunciaram. Eles o designaram como
evangelho do reino,
ou evangelho de Jesus Cristo
e também evangelho de Deus.
“Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus!” bradava João Batista aos
seus contemporâneos israelitas (Mt 3.2). Posteriormente, é dito
em Mt 4:23 que
“percorria Jesus toda a Galiléia,
ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho
do reino...”. Esta foi a Boa Nova que alegrou milhares
de corações desesperados.
O momento, tão ansiosamente esperado,
havia chegado; aquilo que havia sido o foco da mensagem profética estava se
cumprindo: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que
habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz” (Is 9.2). Portanto, em Israel,
nos dias de Jesus, a notícia mais espalhada pelo país arrastou multidões sem
conta: o Salvador do Mundo havia chegado. Ele veio “Para abrir os olhos dos cegos, para tirar
da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas” (Is 42.7).
O tempo de espera já se havia encerrado; o reino de Deus estava sendo
instaurado e todos estavam sendo chamados a ingressar nele (Mc 1.15).
Você pode imaginar
o que isso
significava para aquela gente que “jazia na região da sombra da morte”? (Mt
4.16) Não?! Mas eu
posso. Em minha imaginação, posso ver pessoas
correndo nas ruas e becos das cidades e
vilas da Galileia, atropelando umas às outras, correndo céleres em direção ao
local onde Jesus estava, gritando aos transeuntes: “O Messias
chegou!” Os mais entusiasmados –
acredito eu – vociferavam: “GALILEUS!!!...
GALILEUS!!!... OUUÇAAMM-MEE! Nosso desespero
chegou ao fim! Deus
se lembrou de nós e nos
enviou o Redentor! Cegos
estão vendo, coxos e paralíticos estão andando, mudos
estão falando, mortos estão sendo
ressuscitados...! É o fim da maldição...! Raiou a nossa
luz, como
disse o profeta...!” E as lágrimas de alegria
e esperança enlameavam suas faces
cobertas de poeira.
Por toda
a Galileia, Samaria e Judeia a cena se
repetia por causa
da notícia que
se espalhava com a rapidez
de um raio.
Esta era a Boa Nova,
este era
o evangelho do reino,
o evangelho de Jesus Cristo ou, como queiram, o evangelho de Deus,
poder de Deus
para salvação de todo
aquele que
crê (Rm 1.16).
Jesus morreu pelos
nossos pecados
e ressuscitou dentre os mortos. A
notícia da ressurreição atraiu multidões. A boa nova da ressurreição se tornou
o fundamento da fé cristã e a essência do Cristianismo – “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.9).
Você é realmente cristão? Então,
fale com entusiasmo, não do governo, de sua cidade, dos seus negócios ou do seu
time de futebol; fale de Jesus, proclame o Evangelho! “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E
como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10.13-15).
Se você não anunciar a Boa Nova,
saiba que Deus levantará um substituto em seu lugar; ele proclamará e você será
o ouvinte. Nunca esqueça deste detalhe: a salvação de um homem depende da voz
de outro homem. O mundo precisa hoje, mais do que nunca, de proclamadores da
Boa Nova para que a tragédia não se torne a última
notícia. Mas há uma verdade que me alegra e me anima: ENQUANTO DEUS FOR DEUS, A
TRAGÉDIA JAMAIS SERÁ A ÚLTIMA NOTÍCIA.
Não é sem razão este blog ser muito acessado. Texto de leitura simples e contextualizada. Uma crítica à todos quantos se deleitam na tragédia, dos outros claro, e para os que tem sua esperança desfalecer uma boa notícia: Jesus Cristo!
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