28 de julho de 2014

MISSÃO INTEGRAL - A NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA - 2ª PARTE




Introdução
No estudo anterior – A NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA (1ª PARTE) – abordamos os dois primeiros tópicos que foram: 1) A eleição e a vocação universal da igreja; 2) A missão de Jesus como padrão para a missão da igreja. Continuando o assunto, veremos neste estudo os dois tópicos seguintes que nos levarão a ter uma ideia do que realmente constitui a natureza missionária da igreja.


3. A igreja como extensão encarnacional de Cristo (Ef 1.15-23)
Na perícope de Ef 1.22-23, especificamente no último versículo, o apóstolo Paulo revela que a igreja, como corpo, é a extensão encarnacional da plenitude de Cristo. Uma vez que a igreja encarna a plenitude do ser de Cristo, há três implicações que decorrem deste grande mistério.
Em primeiro lugar, a igreja deve manifestar ao mundo a integridade do caráter de Deus. A comprovação deste fato se dá através de quatro fatores: a) Cristo é a reprodução perfeita da natureza e caráter de DeusEle é “a imagem do Deus invisível (Cl 1.15); “Nele habita, corporalmente, toda a plenitude da divindade (Cl 2.19); b) Cristo, como imagem perfeita de Deus, está em nós (Rm 8.10; 2Co 13.5) e se constitui em padrão de integridade para todo verdadeiro cristão (Ef 4.13; Rm 8.29); c) A essência do ser de DeusPai, Filho e Espírito Santo – habita em nós (Jo 14.23; Ef 4.6; 1Co 3.16-17); d) A imagem de Deus, avariada pelo pecado, está sendo restaurada em todos os regenerados (2Co 3.19). Desta forma, a conclusão a que se pode chegar é que a igreja, como corpo de Cristo, é o projeto da habitação da plenitude divina. Quando Deus tiver definido o estado eterno da humanidade e da criação, então, ele será tudo em todos (1Co 15.28).
Em segundo lugar, a igreja é no mundo a detentora da autoridade divina. Três aspectos da igreja manifestam tal autoridade: a) a igreja é portadora das chaves do reino dos céus (Mt 16.19; 18.18); b) a igreja é a embaixada do reino de Cristo no mundo dos homens (2Co 5.19); c) a igreja é reino sacerdotal no mundo das nações (1Pe 2.9).  A igreja é instância da autoridade sobrenatural de Deus no mundo. Os principados e potestades, que “capturaram” a humanidade e transformaram o mundo emimpério das trevas”, estão subjugados pelo poder do Soberano do Universo que domina sobre tudo e todos como cabeça da igreja, a qual é o seu corpo e “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas (Ef 1.23).
Em terceiro lugar, a igreja concretiza no mundo os eternos desígnios de Deus. A razão de existir da igreja é a missão que ela exerce no mundo, para concretizar os desígnios de Deus. Isto significa que a igreja deve: a) servir como agência de salvação para o mundo (Mt 16.18); b) mediar a reconciliação do mundo com Deus (2Co 5.18-19); c) viabilizar o projeto de reconstrução da humanidade (Ef 4.22-24; Cl 3.9-10). O propósito último de Deus visa reconstruir toda a criação, começando pelo homem. Na primeira criação, Deus começou com o mundo físico e terminou com o homem; na segunda, ele começa com o homem, transformando-o em nova criatura (2Co 5.17), e termina com o “novo céu e a nova terra” (Is 65.17; 66.22; Ap 21.1, 5).

4. A razão da missão cristã no mundo
A razão principal que justifica a intervenção de Deus no mundo, antes por meio de Jesus e agora por intermédio da igreja, é o estado de perdição do mundo. O mundo está perdido espiritualmente, “pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Como resultado, o pecado produziu a degeneração da raça e a condenação do mundo (Rm 1.18-32).
O mundo está perdido socialmente, pois a sociedade distanciou-se de Deus, invertendo os valores éticos, desrespeitando a lei divina e violando os direitos humanos estabelecidos pelo Soberano Legislador do universo. Por esta razão, “a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça (Rm 1.18).
O mundo está perdido economicamente. Todos se curvam sob o peso de um sistema explorador, onde o acúmulo excessivo de riquezas por parte de alguns produz o estado de alienação, pobreza e miséria em que vive a maioria da população mundial. Por esta razão, a exploração assolou todos os níveis das relações econômicas e o trabalhador é a sua maior vítima, como denunciou Tiago: Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos (Tg 5.4). Em sua crítica à situação cada vez mais agravante e caracterizada por uma crise socioeconômica e política do mundo contemporâneo, onde a igreja se acomoda mesmo diante do antagonismo de valores, Padilla é de parecer que quando a igreja se acomoda ao espírito da época para evitar o conflito, ela “perde a dimensão profética de sua missão e se converte em guardiã do status quo. Torna-se sal que perdeu seu sabor”.[1]

Conclusão
Não pode haver missão sem que a igreja assuma aquilo que ela realmente é em sua natureza: a extensão encarnacional de Cristo. Por outro lado, qualquer que seja a comunidade cristã local que não estiver plenamente ciente da razão de estar no mundo, ocupar-se-á com qualquer atividade religiosa, deixando de ser um empreendimento divino, para tornar-se um clube religioso. Jamais esqueçamos do propósito para o qual a igreja foi instituída por Deus: servir como agência de salvação para o mundo.







[1] René PADILLA. Ibdem, p. 69.

15 de julho de 2014

NA ESPERANÇA DO PERDÃO



TEXTO: Sl 51.1-19

Introdução

O rei Davi foi um homem extraordinário. Era um homem sobre quem Deus fez repousar o Seu Espírito. As Escrituras o descrevem como um homem segundo o coração de Deus. Devemos a ele a autoria da maior parte dos salmos da Bíblia. Ele foi um poeta e músico apaixonado pelo louvor a Deus. Mas, lamentavelmente, houve um dia em que ele cometeu um pecado hediondo, um dos mais infames, que somente os homens mais desprezíveis atrevem-se a cometer: o rapto de uma mulher casada, Bat-Seba (em hebraico significa “filha de um juramento”), a qual, inescrupulosamente, estuprou e, para apoderar-se dela definitivamente, planejou e realizou, de forma traiçoeira, vergonhosa e covarde, a morte de Urias (seu nome, em hebraico, significa “Deus é minha luz”), esposo de Bat-Seba, um dos mais bravos e fiéis guerreiros do exército de Israel.

Esmagado pelo sentimento de culpa, Davi escreveu o Salmo 51, implorando o perdão de Deus. Isto nos leva a crer que qualquer filho de Deus está sujeito a uma queda brutal, mas, caso se arrependa verdadeiramente, pode alcançar o perdão divino. Perdão é o ato gracioso divino pelo qual Deus se recusa a executar o juízo de condenação sobre um pecador arrependido. Perdão é o ato da bondade divina pelo qual Deus, somente por sua infinita misericórdia, poupa o mais miserável de todos os pecadores de sua justa condenação. O arrependimento é o recurso mais valioso do qual o pior dos pecadores dispõe para alcançar o perdão de Deus. Quando em nós se manifesta um arrependimento legítimo, adotamos três atitudes, como segue.

        A gravidade do nosso pecado é expressa de duas formas. Em primeiro lugar, o pecado é uma atitude de agressão a Deus – “Pequei contra ti, contra ti somente...” (v. 4). Não importa o que seja, o mal que fazemos a alguém agride a santidade divina, pois todo ser humano é portador da imagem do seu Criador.
Primeira atitude: reconhecemos a gravidade do nosso pecado

Em segundo lugar, o pecado, ainda que o consideremos inofensivo, é – e sempre haverá de ser – fruto pernicioso da maldade humana – “... fiz o que é mau perante os teus olhos...” (v. 4-5). Lamentavelmente, somos pessoas más. Jesus disse: “Ninguém é bom, senão um, que é Deus” (Mc 10.18).

Segunda atitude: apelamos com ansiedade pela misericórdia de Deus
        “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias(v. 1). Somente a misericórdia de Deus pode trazer alívio para a alma esmagada pelo sentimento de culpa. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim(v. 3). O remorso é um peso esmagador da alma culpada que rouba a paz e atormenta a consciência. Portanto, nada além da misericórdia de Deus nos move à busca do perdão.

A misericórdia de Deus livra a alma da sentença do juízo divino – “... serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (v. 4). Quando somos alcançados pela graça de Deus, nosso Pai amoroso, nada além do mais profundo alívio espiritual inunda nossa alma, removendo de nós a dor da consciência. Perdão, mais do que alívio, é consolo, é refrigério para alma.

Terceira atitude: acreditamos no poder transformador de Deus.
         Enquanto o pecado corrompe o caráter, corrói a alma e esmaga a consciência, a sublime graça e o maravilhoso perdão divino têm efeito restaurador, renovando o interior do homem – Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável(v. 10). Mais que isso, o poder transformador divino restaura a alegria do espírito deprimido – Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste (v. 8) – Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário(v. 12). Finalmente, o poder transformador de Deus nos oferece a oportunidade de uma compensação, a de servirmos a Deus com dedicação – Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e pecadores se converterão a ti (v. 13).

Conclusão
        Não nos iludamos, o pecado é produto da maldade humana que agride a santidade de Deus. Quão triste e horrível é viver com o peso esmagador de uma consciência culpada. Não importa quão graves tenham sido os nossos atos e quão destruidores os danos que eles causaram, há para todos nós a maravilhosa esperança do perdão. Nada, além do perdão divino, pode eliminar os efeitos que o pecado produz na alma humana. Somente o perdão, como ato da bondade divina, pode trazer alívio para a alma esmagada pela culpa, renovando o interior do homem e reconduzindo-o ao serviço a Deus. Arrepende-te, agora! Corre para o altar de Deus! Chora a miséria dos teus pecados e, pela mediação de Jesus, Deus enxugará dos teus olhos toda lágrima, pois ele exclamou aos arrependidos: “Bem-Aventurados os que choram, porque eles serão consolados” (Mt 5. 4).  A graça do Senhor Jesus seja contigo.



13 de julho de 2014

O HOMEM COMO ALVO DA MISSÃO DIVINA

TEXTO: Mt 9.35-38


Introdução
O IBGE, no senso de 2010, registrou que 86,8% (164,92 milhões) da população brasileira adota a religião cristã, sendo que 64,6% (122,74 milhões) dos brasileiros são católicos e 22,2% (42,3 milhões) são evangélicos. Embora os índices sejam tão elevados, a população “cristã” em nosso país não vive de acordo com os princípios e valores propugnados pelas Escrituras. Isto justifica e demanda por um investimento maior de recursos (humanos, materiais e financeiros) que as igrejas batistas podem e devem fazer na obra missionária.
Na era apostólica, o testemunho do evangelho era o modus vivendi dos pioneiros da fé cristã. Eles conseguiram abalar as estruturas do Império Romano sem a disponibilidade de recursos materiais e financeiros que hoje temos. Deus tem em nossas mãos todos os recursos necessários não somente para campanhas missionárias (propaganda), mas principalmente para a ação. Uma vez que “a seara é grande e os ceifeiros são poucos” (Mt 9.37), o envio destes obreiros requer aplicação de recursos para o sustento dos mesmos.
O texto de Mateus 9.35-38 chama nossa atenção para a maior prioridade de Jesus: a missão. E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades(Mt 9.35). A agenda missionária de Jesus continha três atividades missionárias indispensáveis: proclamação, discipulado e serviço. O mesmo ele exige de nós hoje: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Isto nos leva a crer que cada discípulo de Jesus já está designado para o exercício da missão. Uma vez que nem todos podem abandonar tudo para viver exclusivamente na missão, então, temos uma premissa a adotar: Quem não vai deve mandar um substituto. Mas o que nos motiva a enviarmos a fazermos isso? A resposta, creio eu, encontra-se em Mateus 9.35-38. A experiência de Jesus nos leva a prender três verdades inesquecíveis:

1. A missão consiste na conquista de pecadores que vivem sem Deus “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias...” (v. 35).
Tal como Jesus, precisamos percorrer todas as cidades e aldeias do nosso Estado por duas razões:
a) O pecador não vem a Cristo, precisa ser trazido – “... percorria Jesus todas as cidades e aldeias...”
b) O pecador está perdido e precisa ser encontrado – “como ovelhas que não têm pastor”.

2. A missão se justifica pelas necessidades das almas carentes de DeusVendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor (v. 36).
O homem sem Deus é uma alma que padece:
a) Vive sem paz em busca de alívio – “aflitas e exaustas”.
b) Vaga sem direção em busca do caminho certo – “ovelhas que não têm pastor”.

Todo ser humano tem quatro necessidades que só Deus pode suprir:
a) O caminho certo que o conduza ao destino desejado - Jesus é o caminho (Jo 14.6);
b) O alimento adequado que fortaleça seu espírito - Jesus é o pão da vida (Jo 6.35);
c) A solução eficaz para os males que o atormentam - Jesus é alívio para os oprimidos (Mt 11.28);
d) Um refúgio seguro que o resguarde dos perigos e temores - Jesus é o abrigo (Mt 7.24-25).

3. A missão é realizada por crentes comprometidos com DeusEntão disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara (vv. 37-38).
O desempenho da missão depende de dois tipos de crentes:
a) Dos que oram e sustentam a obra – “Rogai ao Senhor da seara...”
b) Dos enviados que executam a obra – “... que mande trabalhadores para a sua seara”.

Conclusão
    Deus tem uma estratégia missionária para a execução do seu plano redentivo e ela consiste em usar homens que vivem com Deus para conquistar os homens que vivem sem Deus. Este é o cerne da missão. Se você vive com Deus é um escolhido para a missão. Você tem duas opções: ou vai ou sustenta os que vão. Quem não está na missão é o principal alvo dela.  Se você estiver fora da missão, lembre-se que alguém vai estar orando e contribuindo, Deus mandará um substituto e você estará de fora por toda a eternidade. Jesus disse: “Quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Proponho que, nesta campanha de Missões Estaduais, você vá pessoalmente ou contribua com uma oferta generosa para mandar um substituto em seu lugar. A bênção do Senhor esteja sobre você e sua casa.


8 de julho de 2014

COMPREENDENDO O SIGNIFICADO DA MISSÃO


TEXTOS: Jo 17.18; 20.21; Mt 9.35-38

"Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo" (João 17.18).


Introdução

     Deus criou o homem para que o homem vivesse com Deus. Mas, ao pecar, o homem perdeu o direito à vida com Deus e, condenado à morte, vive no mundo sem Deus. Para salvá-lo, o próprio Deus se tornou homem através da pessoa de Jesus e realizou uma missão no mundo. Sua missão, ainda inacabada, consiste na regeneração dos pecadores e na reconstrução do mundo. Os textos bíblicos acima citados nos apresentam duas coisas fundamentais a considerar: os princípios norteadores da missão e o homem como alvo da missão de Deus.


I - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA MISSÃO (Jo 17.18; 20.21)
Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos e disse-lhes: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Ao dizer tais palavras, Jesus definiu que sua missão estava entregue aos seus discípulos para realizá-la como ele a realizou. Portanto, Deus tem uma missão para ser realizada no mundo por meio do seu povo.

1. Deus é o sujeito da missão que requisita o nosso serviço
Sua missão consiste na restauração de toda a criação (o homem e o universo) atingida fatalmente pelo pecado e subjugada às hostes do mal. A execução de sua missão ocorre pelo envio de seu Filho ao mundo como mediador da reconciliação do homem com Deus (2Co 5.19).

2. A missão da igreja fundamenta-se na autoridade divina
A segunda verdade oriunda das palavras de Jesus, em Jo 20.21, é que a missão da igreja fundamenta-se na autoridade soberana de Deus e de Cristo. Ao ser exaltado à destra do Pai, o Filho de Deus se torna o Soberano Árbitro do Mundo (cf. Mt 28.18). O mundo, após a glorificação de Cristo, passa a ter um Novo Chefe que envia sua igreja como serva ao mundo; o mesmo mundo que o Pai ama com amor imensurável (Jo 3.16).

3. A missão da igreja deve estar pautada na missão de Jesus
A terceira verdade é que o ministério da igreja deve estar pautado no ministério de Jesus. As causas e o propósito da missão de Cristo e da igreja são respectivamente iguais. Por conseguinte, a missão de Jesus é padrão e modelo para a missão da igreja. Isto quer dizer que cada cristão é um enviado de Cristo assim como Cristo foi o apóstolo do Pai.


II - O HOMEM COMO ALVO DA MISSÃO DE DEUS (Mt 9.35-38)

A experiência missionária de Jesus nos ensina três lições:

1. A missão consiste na conquista de pecadores que vivem sem Deus (v. 35)
Tal como Jesus, precisamos percorrer todas as cidades e aldeias do mundo por duas razões:
a) pecador não vem a Cristo, precisa ser trazido – “percorria Jesus todas as cidades e aldeias...”
b) pecador está perdido e precisa ser encontrado – “ovelhas que não têm pastor”.

2. A missão se justifica pelas necessidades das almas carentes de Deus (v. 36)
O homem sem Deus é uma alma que padece:
a) Vive sem paz em busca de alívio – “aflitas e exaustas”.
b)  Vaga sem direção em busca do caminho certo – “ovelhas que não têm pastor”.

Todo ser humano tem quatro necessidades que só Deus pode suprir:
a) O caminho certo que o conduza ao destino desejado - Jesus é o caminho (Jo 14.6);
b) O alimento adequado que fortaleça seu espírito - Jesus é o pão da vida (Jo 6.35);
c) A solução eficaz para os males que o atormentam - Jesus é alívio para os oprimidos (Mt 11.28);
d) Um refúgio seguro que o resguarde dos perigos e temores - Jesus é o abrigo (Mt 7.24-25).

3. A missão é realizada por crentes comprometidos com Deus (vv. 37-38)
O desempenho da missão depende de dois tipos de crentes:
a) Dos que oram e sustentam a obra – “Rogai ao Senhor da seara...”
b) Dos enviados que executam a obra – “... que mande trabalhadores para a sua seara”.

Conclusão
                       
        Deus tem uma estratégia missionária para a execução do seu plano redentivo e ela consiste em usar homens que vivem com Deus para conquistar os homens que vivem sem Deus. Este é o cerne da missão. Se você vive com Deus é um escolhido para a missão. Você tem duas opções: ou vai ou sustenta os que vão. Quem não está na missão é o principal alvo dela.  Se você estiver fora da missão, lembre-se que alguém vai estar orando, Deus mandará um substituto e você estará de fora por toda a eternidade; pois quem não trabalha para Deus dá trabalho. Jesus disse: “Quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30).




O CREDENCIAMENTO PARA O MINISTÉRIO PASTORAL


O Significado, Perfil e Atribuições do Pastor

At 20.28: "Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue".

1Tm 3.1-7: "Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo. Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Diabo.


Introdução
     Dentre todos os ministérios mencionados no Novo Testamento, o ministério pastoral, também denominado de EPISCOPADO, é reconhecido como o de maior destaque. Não é em vão que a Escritura diz: “se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja (1Tm 3.1). Episcopado é o termo (do grego epíscopos = supervisor) usado para designar o ministério pastoral.
         A importância deste ministério é tal que ele é descrito pelo apóstolo Paulo como sendo uma “excelente obra”. De acordo com os textos bíblicos acima, o exercício do episcopado fundamenta-se em três pilares: vocação, qualificação e eleição. Portanto, vejamos o que a Palavra de Deus tem a nos dizer sobre estes três fundamentos.

1. A Vocação do Pastor
       Vocação é o chamamento divino que uma pessoa recebe de Deus para exercer uma incumbência. Quando isso acontece, o Espírito Santo habilita a pessoa vocacionada com os dons necessários para o exercício do seu ministério. De acordo com Efésios 4.11-12, o ministério pastoral enquadra-se entre os de maior destaque: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. A escolha destes ministros é incumbência de Cristo – “Ele mesmo concedeu” (Ef 4.11). A responsabilidade maior do pastor consiste “no aperfeiçoamento dos santos”, isto é, na capacitação dos santos para o serviço a Deus.
       O vocacionado é sempre uma pessoa que deseja ardentemente fazer a vontade divinaA realização da obra de Deus não ocorre sem que primeiro a vontade de realiza-la tenha vindo do próprio Deus, porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). A força motivadora do ministro de Cristo é a vontade soberana de Deus e a prova de sua vocação é a obediência.

2. A Pessoa do Pastor
    O ministério pastoral é incumbência que Deus designou somente a homens. O Novo Testamento normatiza de forma explícita que o ministério pastoral é tarefa exclusiva para homens vocacionados por Deus. Vejamos o que diz o Novo Testamento:
a) O episcopado é tarefa exclusiva de um “presbítero” (ancião, homem maduro). Em 1Tm 3.2, o termo grego “epíscopos”, traduzido como “bispo”, é do gênero masculino.
b) O critério que define que alguém está qualificado para governar a igreja de Deus é que “governe bem a sua casa” (1Tm 3.4).
c) Deus estabeleceu na família e na igreja níveis de hierarquia, não de gêneros ou de pessoas, mas de funções e de papéis. Uma vez que o governo de uma casa (família) foi entregue por Deus ao homem, o bispo deve ser “esposo de uma só mulher” (1Tm 3.2; Tt 1.5-6).
d) A Escritura, em 1T 2.12, proíbe que a mulher exerça autoridade sobre o homem (marido).

3. As Qualificações do Pastor (1Tm 3.2-7)
a) No que se refere ao caráter, santidade é o atributo por excelência que o ministro de Deus deve manifestar. Ele há de ser sempre um homem “irrepreensível” (v. 2).
b) Uma vez que o episcopado é uma excelente obra não só pelo seu principal objetivo, o aperfeiçoamento dos santos, Deus determina que o padrão da excelência seja requisito indispensável para o exercício do ministério pastoral. Para tanto, o bispo deve er “apto para ensinar” (v. 2).
c) O pastor deve ser alguém de conduta ilibada, isto é, que “tenha bom testemunho dos de fora” (v. 7). Ele deve ser uma pessoa da qual ninguém tenha de que o acusar. Seu caráter santo manifesta-se em suas atitudes no trato com as pessoas: discreção, temperança, hospitalidade, mansidão, etc. (v. 2-3).
d) Com referência ao seu grau de maturidade, é exigido que ele seja casado e governe bem a sua casa (v. 2). O homem que não tem maturidade suficiente para assumir o comando de sua família, jamais poderá exercer autoridade para liderar uma instituição; não está apto para presidir a igreja de Deus.
e) O pastor precisa dar o exemplo como chefe de família, “criando os filhos sob disciplina, com todo respeito” (v. 5).
f) Uma vez que as atribuições do pastor fazem dele um educador, o candidato ao ministério pastoral precisa ser “apto para ensinar” (v. 2), o que só uma pessoa madura pode fazer.

4. As Atribuições do Pastor
           O termo usado por Jesus para designar o “bom pastor” (Jo 10.11, 14), é o mesmo que identifica a pessoa que cuida de um rebanho. Assim sendo, em sentido figurado, o bispo de uma igreja é um ministro cujas atribuições são as mesmas que qualquer pastor exerce em relação a seu rebanho: guiar, alimentar, proteger e curar.
b) De acordo com At 20.28, o encargo que os bispos (pastores) receberam do Espírito Santo foi o de “apascentarem” a igreja de Deus. Portanto, as atribuições dos bispos da igreja são as mesmas que têm os pastores de rebanhos de ovinos e caprinos.
c) Orientar espiritualmente a igreja. Na igreja, esta tarefa corresponde à de conduzir o povo de Deus no exercício da missão, visando cumprir os desígnios divinos.
d) Alimentar o povo de Deus. Ele é o provedor de suprimentos para o povo de Deus e as Escrituras são sua única fonte de alimento espiritual. “Nem só pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4). A palavra de Deus “é viva e eficaz” (Hb 4.12) e, exatamente por esta razão, Paulo recomendou a Timóteo: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2T 4.2).
e) Proteger a igreja. Os destruidores do rebanho de Cristo são denominados pelas Escrituras como “obreiros fraudulentos” (2Co 11.13), “falsos profetas” (Mt 7.15), “falsos mestres” que disseminam heresias cujos resultados são a apostasia (o desvio da fé), a divisão e a destruição da igreja (2Pe 2.1).
f) Cuidar dos enfermos espirituais. A igreja é o lugar onde estão abrigados os pecadores que do mundo vieram, trazendo consigo as sequelas dos pecados nos quais viveram. Outros são vítimas de frustrações, violência, traições, desilusões, etc. São almas angustiadas que, às vezes, chegam ao desespero. Elas precisam de cuidados e o pastor é instrumento usado por Deus para prover a cura.

Conclusão
       Pastor ou bispo é um ministro vocacionado por Deus para a execução de uma obra cujo padrão é o da excelência. A eleição e ordenação de um pastor devem seguir rigorosos critérios. Suas qualificações haverão de manifestar sua integridade de caráter, sua maturidade e sua aptidão para apascentar, guiar, alimentar, proteger e curar o rebanho de Cristo.





3 de julho de 2014

NÃO DIGA QUE NÃO PODE

TEXTO: Jz 6.11-16

11 Então, veio o Anjo do Senhor, h e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, i que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, j seu filho, estava malhando o trigo l no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. 12 Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: m O Senhor é contigo, homem valente. n 13 Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. 14 Então, se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? 15 E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. o 16 Tornou-lhe o Senhor: Já que eu estou contigo, p ferirás os midianitas como se fossem um só homem.


Introdução
A história do povo de Deus tem nos revelado fatos impressionantes da atuação de Deus por meio de homens que ficaram famosos. Um deles foi Gideão. Ele era o filho caçula de Joás, um camponês da tribo de Manassés. Era um jovem marcado pelo sofrimento. Seus dias de juventude eram consumidos no trabalho árduo no campo, morando em cavernas para se proteger dos midianitas. Sentia-se esmagado pelo peso da humilhação sofrida e pelo ódio que sentia por ver os midianitas saquearem sua plantação, roubando e/ou destruindo o fruto de sua sementeira. Em seu rosto estampava-se o semblante da desilusão pela perda da esperança em Deus que parecia ter abandonado sua família e seu povo. Seu horizonte era sombrio e sentia-se um homem sem futuro.
Como resposta ao clamor dos israelitas, Deus entrou em cena, vindo ao encontro de Gideão para chamar-lhe para uma missão muito difícil: libertar Israel do domínio dos midianitas. Embora tenha resistido a princípio, ele se dispôs a obedecer a Deus e essa atitude fez que ele voltasse a sonhar com a liberdade, com a dignidade e a prosperidade de sua família e de seu povo.
A experiência de Gideão nos leva a crer que o homem torna-se útil a Deus quando se submete à vontade soberana divina. Deus usa pessoas para realizar sua obra no mundo. Principalmente, os crentes comprometidos com Jesus são alvos da vocação divina. Lamentavelmente, muitos crentes autênticos estão inoperantes, porque algum complexo de inferioridade os domina de tal forma que não acreditam que sejam úteis e, portanto, a timidez os marginaliza.
Meu irmão e minha irmã, presta atenção a algo muito sério que vou te dizer. Nenhum cristão é desnecessário a Deus. Se tu professas ser realmente cristão, então, Deus precisa de ti. À luz da experiência de Gideão, vou te apresentar dois motivos para creres que Deus te considera útil e precisa de ti:

1.  Deus precisa de ti porque ele te valoriza ainda que os homens te desprezem – “O Senhor é contigo, homem valente!” (v. 12).
Deus atribui valor àqueles a quem os homens consideram inúteis. O maior exemplo é o próprio Jesus. Por ser galileu, era discriminado pelos judeus; e, pior ainda, era nascido em Nazaré. O apóstolo João narra que, quando “Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê” (Jo 1.45-46). Provavelmente, por causa do preconceito, ele foi apelidado de “Nazareno”.
        Jesus foi um personagem histórico que, no seu contexto, comportou-se como um agente heterodoxo de contra-senso. Por isso foi confrontado pelos fariseus como subversivo. "Assim houve uma dissensão entre o povo por causa dele. Alguns deles queriam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas, pois, foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os guardas: Nunca homem algum falou assim como este homem. Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Também vós fostes enganados? Creu nele porventura alguma das autoridades, ou alguém dentre os fariseus? Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita. Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes: A nossa lei, porventura, julga um homem sem primeiro ouvi-lo e ter conhecimento do que ele faz? Responderam-lhe eles: És tu também da Galileia? Examina e vê que da Galileia não surge profeta" (Jo 7.43-52).
Os galileus eram indoutos (At 4.13), talvez até considerados como gentalha. Mas foram eles que, usados de forma extraordinária por Deus, revolucionaram o mundo do seu tempo, abalando as estruturas do império romano.
Deus usa poderosamente aqueles a quem os homens rejeitam. Um exemplo disso foi Davi, o filho mais moço de Jessé. Quando o exército de Israel, sob o comando de Saul, estava frente a frente com os filisteus, Golias, um dentre os guerreiros inimigos, um gigante de 3m de altura, desafiou os valentes do exército de Israel, para um duelo, mas nenhum israelita teve coragem. Saul, o homem mais forte e o mais alto de todos os guerreiros de Israel, era o homem que deveria enfrenta-lo, mas isso não aconteceu, porque ele amarelou e gelou. Ele chegou a oferecer sua filha e parte do seu tesouro para que algum voluntário enfrentasse o gigante filisteu, mas ninguém se apresentou. Então Deus levantou e usou Davi. Mesmo não tendo idade para ser alistado no exército por ser ainda pouco mais que um pirralho, ele foi um poderoso instrumento nas mãos de Deus. Aos olhos dos guerreiros de Israel, ele era motivo de riso e chacota. Aquilo parecia ridículo, mas Deus usou aquele guri para enfrentar e derrotar o gigante Golias, sem uso de armas nem armaduras.
As coisas de Deus fogem à lógica humana. Não se trata de força, competência, habilidade humanas; mas da ação de Deus por meio de quem Ele escolhe. Meu irmão e minha irmã, quando contemplares tua imagem em algum espelho e esse espelho te fizer acreditar que és ridículo, tenha a ousadia de declarar a ele: “você é um grande mentiroso”. E assevere: Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são (1Co 4.13).

2.  Deus precisa de ti porque ele em ti um potencial que os homens não veem (v. 14-16).
As nossas limitações são superadas pelos recursos de Deus. Quando Gideão recebeu o chamado de Deus, sua reação imediata foi apresentar as razões pelas quais ele considerava ser incapaz de fazer o que Deus lhe mandava: E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. Tornou-lhe o Senhor: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem” (v. 15-16).
Deus não chama homens capazes; Ele capacita os que ele chama e lhes fornece os meios e os recursos para realizar sua obra. Quando Jesus chamou alguns pescadores para serem seus discípulos, ele disse: “Vinde após mim, e farei que vos torneis pescadores de homens” (Mc 1.17). O apóstolo Paulo, testemunhando de sua própria experiência, declarou: “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança...” (2C 3.5). Ele ainda disse mais: Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo(1Co 15.10).
O poder de Deus se manifesta quando reconhecemos as nossas limitações. Jamais esqueci da frase do Pr. Oliveira de Araújo que não somente renovou minha motivação, mas também fez mudar meu ministério: “As nossas dificuldades não são maiores do que as possibilidades de Deus”. O chamado de Deus não se fundamenta nas virtudes e nos recursos humanos.
Deus não chama um homem pelo que ele é, mas por aquilo que pode ser em suas mãos. Um grande exemplo que se pode citar é Moisés. Quando Deus o chamou para confrontar Faraó, o rei do Egito, ele recusou ir, apresentando como justificativa sua incapacidade de se expressar. Então disse Moisés ao Senhor: Ah, Senhor! eu não sou eloquente, nem o fui dantes, nem ainda depois que falaste ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua. Ao que lhe replicou o Senhor: Quem faz a boca do homem? ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego?. Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar(Ex 4.10-12).

Um personagem que ficou muito famoso no mundo é o australiano Nicholas James Vujicic, ou simplesmente Nick. Nascido sem braços e sem pernas, superou todas as limitações que herdou ao vir ao "mundo dos normais", para viver uma vida plena e cheia de fé.


Como palestrante motivacional, certa vez Nick se apresentou desta forma:

 "Terminei meus estudos de Comercio, Planificação Financeira e Contabilidade. Sou conferencista motivacional e amo viajar e compartilhar minha historia e testemunho em quantas oportunidades se apresentem. Tenho oferecido conferencias para animar e fortalecer a estudantes sobre tópicos que afetam aos jovens de hoje. Também sou conferencista no setor corporativo". 

Nick numa praia do Hawaii com sua esposa Kanea e o filho Kiyoshi

Conclusão
Meu amado irmão e minha amada irmã, se você é um daqueles que se julga um ser desprezível; ou, talvez, ache que ninguém acredita que você possa ser útil; e talvez até já tenha pensado que nem Deus acredita em você, eu quero lhe dizer que a voz de onde procede tal concepção é maligna. O único ser inútil para Deus é aquele que nunca se submete à vontade divina.
Não importam as circunstâncias em que viva, o homem é útil a Deus quando ele se submete à Sua vontade soberana. Muitos cristãos vivem derrotados por que recusam acreditar que Deus tem um plano na sua vida. Paulo disse que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
Deus não desistiu de você, ele te ama e quer fazer uso de tua vida. Submete, portanto, tua vida a Deus, porque ele te valoriza ainda que os homens te desprezem; porque ele em ti o potencial que os homens não veem e porque ele tem um plano para a tua vida, embora outros não acreditem. Vai ao altar da consagração agora e te põe à disposição de Deus. O Senhor seja contigo.




h h 6.11 O Anjo do Senhor: Ver Gn 16.7, nota c.
i i 6.11 Ofra... Joás, abiezrita: Encontrava-se em território de Manassés (ver Js 16.4, n.) e era diferente, portanto, da Ofra de Benjamim (cf. Js 18.23).
j j 6.11 Hb 11.32.
l l 6.11 Malhando o trigo: Ver Mt 3.12, n.
m m 6.12 O relato seguinte pode ser comparado, por um lado, com os da vocação de Moisés (Êx 3) e de Jeremias (Jr 1) e, por outro, com os de algumas manifestações do Senhor aos patriarcas (Gn 18.1-15; 28.10-22; cf. também Gn 16.7-14; 21.14-19).
n n 6.12 Lc 1.28; cf. Rt 2.4.
o o 6.15 Como Moisés (Êx 3.11), Saul (1Sm 9.21) e Jeremias (Jr 1.6), Gideão coloca pretextos para não aceitar uma missão cujo cumprimento lhe parece demasiado difícil. Mas Deus não se guia por critérios humanos e escolhe quase sempre, para a realização dos seus desígnios, aqueles que o mundo considera fracos e de pouca importância (1Co 1.25-31). Cf. Gn 25.23; 1Sm 10.17-24; 16.1-13; Rm 9.10-13.
p p 6.16 Eu estou contigo: Gn 26.24; 28.15; Êx 3.12; Js 1.9; Is 41.10.
o o 6.15 Como Moisés (Êx 3.11), Saul (1Sm 9.21) e Jeremias (Jr 1.6), Gideão coloca pretextos para não aceitar uma missão cujo cumprimento lhe parece demasiado difícil. Mas Deus não se guia por critérios humanos e escolhe quase sempre, para a realização dos seus desígnios, aqueles que o mundo considera fracos e de pouca importância (1Co 1.25-31). Cf. Gn 25.23; 1Sm 10.17-24; 16.1-13; Rm 9.10-13.