Pr. José Vidigal Queirós
1. CONCEITO DE EFICIÊNCIA
Há duas palavras
que precisamos conhecer
bem o seu significado : EFICIÊNCIA
e EFICÁCIA . A primeira ,
EFICIÊNCIA , significa obter
o melhor resultado
no menor período
de tempo com
o menor custo .
A segunda , EFICÁCIA ,
consiste simplesmente em obter o resultado desejado. Uma pessoa
é eficaz quando
ela consegue ser
bem sucedida em
tudo que
faz. Desta forma a eficácia
de uma liderança pode ser medida . Mas o que deve ser feito para que um líder seja eficaz ? Todo líder , para que seja eficaz ,
precisa cultivar
alguns hábitos .
2. CONCEITO DE HÁBITOS
3.
HÁBITOS EFICAZES
3.1.
Hábito Nº 1 – “Seja proativo”
Existem dois
tipos de pessoas :
as proativas e as reativas. Pessoas reativas são afetadas somente pelo ambiente
físico , isto
é, apenas reagem aos estímulos externos; c onstroem
sua vida
emocional em
torno do comportamento
dos outros; e s ão movidas pelos sentimentos ,
circunstâncias , condições
e ambiente .
Pessoas proativas não dependem de fatores externos ,
embora também
sofra a influência dos mesmos .
Elas agem graças
aos seus valores .
Sentem a responsabilidade de tomar a iniciativa ;
apresentam soluções e não mais problemas; e n unca se acomodam à passividade .
3.2.
Hábito Nº 2 – “Comece
com o objetivo
em mente ”
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL: Todas as coisas
são criadas duas vezes .
a) Há uma criação mental e outra física .
Idealize primeiro e depois
faça. Seja prudente ; não faça nada sem pensar . A regra do carpinteiro
é: “meça duas vezes ,
corte uma”.
b) A liderança pessoal
é a primeira criação ;
o gerenciamento , a segunda .
c) Uma meta
eficaz concentra-se nos
resultados e não
na atividade . Portanto ,
comece com o objetivo
em mente .
3.3.
Hábito Nº 3 – “Primeiro ,
o mais importante ”
Aqui temos duas considerações a fazer.
A primeira é que a pessoa bem-sucedida
tem o hábito de fazer
coisas que
as fracassadas não gostam de fazer . A segunda é: Organize e execute conforme
a prioridade . Saiba
distinguir o urgente do importante . O urgente
normalmente é o óbvio ,
ordinário , comum ;
o importante é fundamental , essencial ,
necessário , incomum ..
O urgente é inesperado
ou fruto
do descuido ; o importante
é planejado. Dependendo da situação , o urgente
pode ser delegado
a outra pessoa ;
o importante , não .
Comece pelo mais
importante para
que ele
não se transforme numa urgência e cause a desordem .
3.4.
Hábito Nº 4 – “Procure primeiro compreender , depois ser
compreendido”
PRINCÍPIOS
DA BOA COMUNICAÇÃO:
O primeiro é
o princípio da escuta empática – ouvir com empatia.
A maioria
das pessoas não
consegue escutar com
a intenção de compreender .
Elas ouvem com
a intenção de retrucar .
Às vezes , em
vez da escuta
empática , usamos a escuta seletiva :
recortamos da fala o que nos
interessa. A escuta empática
é compreensiva, busca entender
a alma do outro ,
seus sentimentos
e seus conflitos .
Ela lida
com a realidade
interna da outra
pessoa .
O segundo é o princípio do diagnóstico – diagnosticar antes
de prescrever. Apesar de ser arriscado e difícil ,
é fundamental em
todas as áreas do conhecimento
humano . O médico ,
o advogado , o professor ,
o empresário e você
precisam, primeiro , compreender
a situação e depois
falar e agir .
O terceiro é princípio da compreensão
e percepção. Toda percepção
é individual e depende do ponto
de onde se vê
o que se analisa. Todo ponto de vista
é a vista de um
ponto . Tenha paciência
com o outro ,
pois o fato é
que nem
todos conseguem ver
os fatos . Compreender
o que o outro
percebe é uma tarefa que exige uma troca de posição .
O quarto princípio da boa comunicação
é o princípio da espera. Espere até
compreender o que o interlocutor está dizendo e depois
seja compreendido. Procurar compreender exige consideração ; procurar ser compreendido exige coragem .
Ao ouvir e compreender , você se torna
influenciável; e ser influenciável é a chave para influenciar
os outros . Para
se fazer compreendido, use os três
recursos da retórica
grega : etos , patos e logos .
Etos
é a fé que
as pessoas têm em
sua integridade
e competência . Patos é o seu lado empático , o sentimento .
Logos
é a palavra expressa
com lógica , a parte
pensada da comunicação . Em sua fala , não vá direto ao logos ;
siga nesta ordem : etos , patos e logos .
3.5. Hábito N° 5 – “Crie Sinergia ”
(Princípios de Cooperação
Criativa )
CONCEITO DE SINERGIA - Sinergia consiste no princípio
de que o todo
é maior do que
a soma das partes .
Significa que o potencial
de uma equipe é maior
que a soma
das forças individuais dos membros que a
compõem. A essência da sinergia é valorizar as diferenças – respeita-las, investir
nos pontos
fortes , compensar
as fraquezas [1]. Sinergia
significa que a força de uma equipe reduz o esforço
e o desgaste individual
das pessoas envolvidas na realização de um
empreendimento .
Existe um poder sinérgico na
COOPERAÇÃO CRIATIVA. Ela é sinônimo de interdependência sinérgica. Consiste na
superação das limitações e dificuldades individuais
por meio
do esforço coletivo ,
para o progresso
de todos . Nela, o sujeito
da ação não é
o indivíduo , mas a equipe .
A interdependência sinérgica implica em mútua ajuda . As limitações
e dificuldades de alguns
são superadas pelas habilidades
e potencialidades de outros . A interdependência sinérgica alimenta
o encorajamento coletivo , pois
a parceria nas ações
da equipe pode produzir
resultados que
satisfazem às expectativas de todos . A satisfação individual é o prêmio do “nós conseguimos!”.
Na interdependência
sinérgica, o que é mais individual
é mais universal
[2].
As idéias individuais ,
em vez
de dividirem o grupo , são somadas, unificando e aperfeiçoando a visão da equipe ,
e eliminando os interesses pessoais causadores
de divisão e de possibilidades de fracasso . As diferenças
individuais são
respeitadas e as pessoas se ajustam umas
às outras como as peças
de um quebra-cabeça .
OBSERVAÇÕES:
a) No individualismo ,
VISÃO
+ VISÃO = DIVISÃO
b) Na interdependência
sinérgica, VISÃO + VISÃO = PERFEIÇÃO
3.6. Hábito N° 6 – “Afine o Instrumento ”
[3]
Suponha que
você encontre alguém
na floresta , trabalhando entusiasmado para derrubar uma árvore .
- O que
você está fazendo? – pergunta .
- Não
está vendo? – é a resposta impaciente . – Estou derrubando esta árvore .
- Você
parece exausto ! – exclama. – Há quanto tempo
está trabalhando?
- Mais
de cinco horas
– responde o sujeito . – Estou esgotado! É um trabalho árduo .
- Bem , por que não descansa por alguns minutos , e afia a serra ?
– você pergunta – Com certeza depois vai trabalhar muito mais
rapidamente.
- Não
tenho tempo para
afiar a serra
– diz o homem , decidido .
– Estou muito ocupado
serrando!
O hábito
6 significa parar para
afiar a serra ,
ou afinar o
instrumento . Este
é o hábito que
torna todos
os outros possíveis .
Ele preserva e melhora
seu bem mais precioso – você mesmo . Ele renova as quatro
dimensões de sua
natureza: física ,
espiritual , mental ,
social /emocional
[4]. Sem
saúde você não produz.
3.6.1. A dimensão
física
O investimento isolado mais poderoso que podemos fazer na vida é o que
fazemos no único instrumento
que possuímos para
contribuir para a humanidade : nós
mesmos , nossa
vida em
todas as suas dimensões .
A dimensão física
de nossa vida
é o nosso corpo
que exige três
cuidados : (a) Exercício – ande, corra,
pratique esporte; (b) Nutrição –
prime pela qualidade
de um cardápio
equilibrado; (c) Cuidados com
o estress – não se exceda, evite o desgaste físico .
3.6.2. A dimensão
espiritual
O equilíbrio espiritual
depende de três fatores :
(a) Clareza de valores
– suas convicções
religiosas, suas motivações interiores , seu
estilo de vida
e sua conduta
ética são
elementos que
contribuem para uma vida
espiritual equilibrada; (b) Envolvimento – engaje-se no ministério onde
seus dons
e talentos pessoais
são as ferramentas
do espírito para
a realização pessoal;
(c) Estudo e meditação
– leia a Bíblia , livros
e revistas de conteúdo
devocional; faças orações meditativas;
tenha momentos a sós
com Deus ;
exercite a meditação contemplativa em locais que lhe levem a
desfrutar da beleza da natureza , para um exame introspectivo
e serenidade da alma .
3.6.3. A dimensão
mental
3.6.4. A dimensão
social /emocional
A dimensão
social e a dimensão
emocional de nossas vidas
estão vinculadas e não podem ser desmembradas uma da outra
porque o nível
e a qualidade de nosso
relacionamento com os outros depende de nosso
estado emocional .
Às vezes , nos
deixamos levar pelos
sentimentos negativos
que resultam de relacionamentos doentios . Precisamos de saúde
emocional para
mantermos relacionamentos saudáveis e
vivermos significativamente em função dos outros . George Bernard Shaw disse:
Esta é a verdadeira alegria da vida
– ser usado pra um
propósito reconhecido por
você mesmo como digno . Ser uma força da natureza ,
em vez
de um amontoado febril
e egoísta de ressentimentos e frustrações ,
sempre reclamando que
o mundo não
se devota a torna-lo feliz .
Sou da opinião que
minha vida
pertence a toda
a comunidade , e enquanto
viver tenho a obrigação
de fazer tudo
que puder por
ela [...] Eu
me regozijo
com a vida
pelo que ela traz. A vida
não é uma vela
breve para mim . É uma espécie
de tocha esplêndida
que preciso
segurar no momento ,
e quero que queime com
o maior brilho
possível antes
de passá-la para as gerações
futuras. [5]
Somos seres
relacionais. Nascemos em família e crescemos vivendo em
um ambiente
coletivo . A paz
de espírito chega
quando vivemos em
harmonia com
os princípios e valores
verdadeiros. A segurança íntima
também se origina de uma vida eficazmente
interdependente . A vida
não é sempre
um “ou
eu ou
ele ”, pois quase sempre há
terceiras alternativas mutuamente
benéficas. Há segurança quando
você interage autêntica ,
criativa e cooperativamente
com outras pessoas .
A caridade anônima
– ninguém sabe disso e ninguém saberá, necessariamente – é fonte
de paz de espírito
e saúde emocional .
Abençoar a vida
de outras pessoas é o ponto
importante . Influência ,
e não reconhecimento ,
torna-se o motivo da caridade anônima .
CONCLUSÃO
Reconhecemos
[1] COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas
altamente eficazes .
4 ed. São Paulo: Editora
Nova Cultura ,
2000. p. 342.
[2] ROGERS, Carl. Citação
de Stephen R. Covey, op. cit. p. 347.
[3] COVEY, S. R. op. cit.
p. 375.
[4] COVEY, S. R. op. cit.
p. 376.
[5] Citado por Stephen R. Covey, op. cit. p. 391.
[6] Citado por Stephen R. Covey, op. cit. p. 394.
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