Congresso Internacional de Evangelização
Lausanne - Suiça, 1974
DECLARAÇÃO DO PACTO DE LAUSANNE
1. O PROPÓSITO DE DEUS
Afirmamos a nossa
crença no único
Deus eterno,
Criador e Senhor
do Mundo, Pai,
Filho e Espírito
Santo, que
governa todas as coisas
segundo o propósito
da sua vontade.
Ele tem chamado do mundo
um povo
para si,
enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo,
e também para
a glória do seu
nome.
Confessamos, envergonhados, que
muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em
nossa missão,
em razão
de nos termos
conformado ao mundo ou
nos termos
isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com
o fato de que,
mesmo transportado em
vasos de barro,
o evangelho continua sendo um tesouro precioso.
À tarefa de tornar
esse tesouro conhecido,
no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.
Referências
Bíblicas: Isaías 40:28; Mateus 28:19;
Efésios 1:11; Atos 15:14; João 17:6, 18;
Efésios 4:12; I Coríntios 5:10; Romanos
12:2; II Coríntios 4:7.
2. A AUTORIDADE
E O PODER DA BÍBLIA
Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade
das Escrituras tanto
do Velho como
do Novo Testamento,
em sua
totalidade, como
única Palavra
de Deus escrita,
sem erro em tudo o que ela afirma,
e a única regra
infalível de fé
e prática. Também
afirmamos o poder da Palavra
de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem
da Bíblia destina-se a toda a humanidade,
pois a revelação
de Deus em
Cristo e na Escritura
é imutável. Através
dela o Espírito Santo
fala ainda
hoje. Ele
ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo
a perceberem a sua verdade,
de maneira sempre
nova, com
os próprios olhos,
e assim revela a toda
a igreja uma porção
cada vez
maior da multiforme sabedoria de Deus.
Referências
Bíblicas: II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21;
João 10:35; Isaías 55:11; I Coríntios 1:21; Romanos
1:16; Mateus 5:17-18. Judas 3; Efésios
1:17-18, 3:10,18.
3. A UNICIDADE E A UNIVERSALIDADE DE
CRISTO
Afirmamos que
há um só
Salvador e um
só evangelho,
embora exista uma ampla
variedade de maneiras
de se realizar a obra
de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum
conhecimento de Deus
através da revelação
geral de Deus
na natureza. Mas
negamos que tal
conhecimento possa salvar,
pois os homens,
por sua
injustiça, suprimem a verdade.
Também rejeitamos, como
depreciativo de Cristo
e do evangelho, todo
e qualquer tipo
de sincretismo ou
de diálogo cujo
pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através
de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo,
sendo ele próprio
o único Deus-homem, que
se deu uma só vez
em resgate
pelos pecadores,
é o único mediador
entre Deus
e o homem. Não existe nenhum
outro nome
pelo qual
importa que sejamos salvos.
Todos os homens
estão perecendo por causa
do pecado, mas
Deus ama
todos os homens,
desejando que nenhum
pereça, mas que
todos se arrependam. Entretanto, os que
rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de
Deus.
Proclamar Jesus como
"o Salvador do mundo"
não é afirmar
que todos
os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e
muito menos
que todas as religiões
ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes
de proclamar o amor
de Deus por
um mundo
de pecadores e convidar
todos os homens
a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal
de arrependimento e fé.
Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome.
Anelamos pelo dia
em que
todo joelho
se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.
Referências
Bíblicas: Gálatas 1:6-9; Romanos 1:18-32; I Timóteo 2:5-6; Atos
4:12; João 3:16-19; II Pedro 3:9; II Tessalonicenses 1:7-9; João 4:42; Mateus
11:28; Efésios 1:20-21; Filipenses 2:9-11.
4. A NATUREZA
DO EVANGELISMO
Evangelizar é difundir
as boas novas de que
Jesus Cristo morreu por
nossos pecados
e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que,
como Senhor e
Rei, ele
agora oferece o perdão
dos pecados e o dom
libertador do Espírito
a todos os que
se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo
é indispensável à evangelização,
e o mesmo se dá com
aquele tipo
de diálogo cujo
propósito é ouvir com sensibilidade,
a fim de compreender.
Mas a evangelização
propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico
como Salvador
e Senhor, com
o intuito de persuadir
as pessoas a vir
a ele pessoalmente
e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite
do evangelho, não
temos o direito de esconder
o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos
os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos,
tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade.
Os resultados da evangelização
incluem a obediência a Cristo, o ingresso
em sua
igreja e um
serviço responsável no mundo.
Referências
Bíblicas: I Coríntios 3-4; Atos 2:32-39; João 20:21, I Coríntios 1:23; II
Coríntios 4:5, 5:11-20; Lucas 14:25-33; Marcos
8:34; Atos 2:40, 47; Marcos 10:43-45.
5. A RESPONSABILIDADE
SOCIAL DO CRISTÃO
Afirmamos que
Deus é o Criador
e o Juiz de todos
os homens. Portanto,
devemos partilhar o seu
interesse pela
justiça e pela
conciliação em
toda a sociedade
humana, e pela
libertação dos homens
de todo tipo
de opressão. Porque
a humanidade foi feita
à imagem de Deus,
toda pessoa, sem distinção
de raça, religião,
cor, cultura,
classe social,
sexo ou
idade possui uma dignidade
intrínseca em
razão da qual
deve ser respeitada e servida, e não explorada.
Aqui também
nos arrependemos de nossa
negligência e de termos
algumas vezes considerado a evangelização e a atividade
social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com
o homem não
seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem
a libertação política
salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões
de nossas doutrinas acerca
de Deus e do homem,
de nosso amor
por nosso próximo e de nossa obediência
a Jesus Cristo.
A mensagem
da salvação implica também uma mensagem de juízo
sobre toda
forma de alienação,
de opressão e de discriminação,
e não devemos ter
medo de denunciar o mal e a injustiça
onde quer
que existam. Quando
as pessoas recebem Cristo,
nascem de novo em
seu reino
e devem procurar não
só evidenciar
mas também
divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto.
A salvação que alegamos possuir
deve estar nos
transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é
morta.
Referências
Bíblicas: Atos
17:26, 31; Gênesis 18:25; Isaías 1:17; Salmos
45:7; Gênesis 1:26-27; Levítico 19:18; Lucas 6:27, 35; João 3:3, 5; Mateus
5:20, 6:33; II Coríntios 3:18.
6. A IGREJA
E O EVANGELISMO
Afirmamos que
Cristo envia o seu
povo redimido ao mundo
assim como
o Pai o enviou, e que
isso requer uma penetração
de igual modo
profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos
e penetrar na sociedade
não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja
a evangelização é primordial.
A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral
ao mundo todo.
A igreja
ocupa o ponto central
do propósito divino para com o mundo, e é o agente
que ele
promoveu para difundir o evangelho. Mas
uma igreja que
pregue a Cruz deve, ela
própria, ser
marcada pela Cruz.
Ela torna-se uma pedra
de tropeço para
a evangelização quando
trai o evangelho ou
quando lhe
falta uma fé
viva em
Deus, um
amor genuíno
pelas pessoas, ou
uma honestidade escrupulosa
em todas as coisas,
inclusive em promoção e finanças. A igreja
é antes a comunidade
do povo de Deus
do que uma instituição,
e não pode ser
identificada com qualquer
cultura em
particular, nem
com qualquer sistema social ou político,
nem com ideologias humanas.
Referências
Bíblicas: João 17:18, 20:21; Mateus 28:19,
20; Atos 1:8, 20:27; Efésios 1:9, 10,
3:9-11; Gálatas 6:14, 17; II Coríntios 6:3, 4; II Timóteo 2:19-21; Filipenses
1:27.
7. COOPERAÇÃO NO EVANGELHO
Afirmamos que
é propósito de Deus
haver na igreja
uma unidade visível
de pensamento quanto
à verdade. A evangelização
também nos
convoca à unidade, porque
o ser um
só corpo
reforça o nosso
testemunho, assim
como a nossa
desunião enfraquece o nosso evangelho
de reconciliação. Reconhecemos, entretanto,
que a unidade
organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização.
Contudo, nós,
que partilhamos a mesma
fé bíblica, devemos estar
intimamente unidos na comunhão uns com os outros,
nas obras e no testemunho.
Confessamos que
o nosso testemunho,
algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação
de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade
e na missão. Instamos para
que se apresse o desenvolvimento
de uma cooperação regional
e funcional para
maior amplitude
da missão da igreja,
para o planejamento
estratégico, para
o encorajamento mútuo, e para
o compartilhamento de recursos e de experiências.
Referências
Bíblicas: João 17:21-23; Efésios 4:3, 4;
João 13:35; Filipenses 1:27; João 17:11-23.
8. IGREJAS EM PARCERIA EVANGELÍSTICA
Regozijamo-nos com
o alvorecer de uma nova
era missionária.
O papel dominante
das missões ocidentais
está desaparecendo rapidamente. Deus
está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar
pertence a todo
o corpo de Cristo.
Todas as igrejas,
portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que
deveriam estar fazendo tanto
para alcançar suas próprias áreas
como para enviar missionários a
outras partes do mundo.
Deve ser permanente
o processo de reavaliação
da nossa responsabilidade
e atuação missionária.
Assim, haverá um
crescente esforço
conjugado pelas igrejas,
o que revelará com
maior clareza
o caráter universal
da igreja de Cristo. Também agradecemos
a Deus pela
existência de instituições
que laboram na tradução
da Bíblia, na educação
teológica, no uso
dos meios de comunicação
de massa, na literatura
cristã, na evangelização, em missões, no
avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas
também devem empenhar-se em constante
auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua
eficácia como parte da missão da igreja.
Referências
Bíblicas: Romanos
1:8; Filipenses 1:5, 4:15; Atos 13:1-3;
I Tessalonicenses 1:6-8.
9. A URGÊNCIA DA TAREFA
EVANGELÍSTICA
Mais de dois bilhões e setecentos milhões
de pessoas, ou
seja, mais de dois
terços da humanidade,
ainda estão por
serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda
para nós e para toda a igreja. Existe agora,
entretanto, em
muitas partes do mundo,
uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo.
Estamos convencidos de que esta é a ocasião
para que as igrejas e as instituições
para-eclesiásticas orem com seriedade pela
salvação dos não-alcançados e se lancem em
novos esforços
para realizarem a evangelização
mundial.
A redução de missionários
estrangeiros e de dinheiro
num país evangelizado algumas vezes talvez
seja necessária para
facilitar o crescimento
da igreja nacional
em autonomia,
e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver
um fluxo
cada vez
mais livre
de missionários entre
os seis continentes
num espírito de abnegação
e prontidão em
servir. O alvo
deve ser o de conseguir
por todos
os meios possíveis
e no menor espaço
de tempo, que
toda pessoa
tenha a oportunidade de ouvir,
de compreender e de receber
as boas novas. Não podemos esperar atingir
esse alvo
sem sacrifício.
Todos nós
estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas,
e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles
dentre nós
que vivem em
meio à opulência
aceitam como obrigação
sua desenvolver
um estilo
de vida simples
a fim de contribuir
mais generosamente
tanto para aliviar os necessitados como
para a evangelização deles.
Referências
Bíblicas: João 9:4; Mateus 9:35-38Romanos 9:1-3; I Coríntios 9:19-23;
Marcos 16:15; Isaías 58:6, 7; Tiago 1:27, 2:1-9; Mateus 25:31-46; Atos 2:44,45, 4:34,35.
Marcos 16:15; Isaías 58:6, 7; Tiago 1:27, 2:1-9; Mateus 25:31-46; Atos 2:44,45, 4:34,35.
10. EVANGELISMO E CULTURA
O desenvolvimento
de estratégias para
a evangelização mundial requer metodologia nova
e criativa. Com
a bênção de Deus,
o resultado será o surgimento
de igrejas profundamente
enraizadas em Cristo
e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura
deve sempre ser
julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem
é criatura de Deus,
parte de sua
cultura é rica
em beleza e em bondade; porque ele
experimentou a queda, toda
a sua cultura
está manchada pelo pecado,
e parte dela é demoníaca.
O evangelho
não pressupõe a superioridade
de uma cultura sobre
a outra, mas
avalia todas elas segundo
o seu próprio
critério de verdade
e justiça, e insiste na aceitação
de valores morais
absolutos, em
todas as culturas. As missões, muitas vezes
têm exportado, juntamente com o evangelho,
uma cultura estranha,
e as igrejas, por
vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada
cultura, em
vez de às Escrituras.
Os evangelistas de Cristo
têm de, humildemente, procurar
esvaziar-se de tudo, exceto
de sua autenticidade
pessoal, a fim
de se tornarem servos dos outros, e as igrejas
têm de procurar transformar
e enriquecer a cultura;
tudo para a glória de Deus.
Referências
Bíblicas: Marcos
7:8, 9,13; Gênesis 4:21, 22; I Coríntios 9:19-23; Filipenses 2:5-7; II
Coríntios 4:5.
11. EDUCAÇÃO E LIDERANÇA
Confessamos que
às vezes temos nos
empenhado em conseguir
o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual,
divorciando a evangelização da edificação dos crentes.
Também reconhecemos que
algumas de nossas missões têm sido muito remissas em
treinar e incentivar líderes nacionais
a assumirem suas justas
responsabilidades. Contudo,
apoiamos integralmente os princípios que
regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente
desejamos que toda
a igreja tenha líderes
nacionais que
manifestem um estilo
cristão de liderança
não em
termos de domínio,
mas de serviço.
Reconhecemos que
há uma grande necessidade
de desenvolver a educação
teológica, especialmente
para líderes eclesiásticos. Em
toda nação
e em toda
cultura deve haver
um eficiente
programa de treinamento para
pastores e leigos
em doutrina,
em discipulado, em
evangelização, em
edificação e em
serviço. Este
treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas
deve se desenvolver a partir
de iniciativas locais
criativas, de acordo com os padrões bíblicos.
Referências
Bíblicas: Colossenses 1:27, 28; Atos 14:23; Tito 1:5, 9; Marcos
10:42-45; Efésios 4:11,12.
12. BATALHA ESPIRITUAL
Cremos que
estamos empenhados num permanente conflito espiritual
com os principados
e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade
de nos revestirmos da armadura de Deus
e combater esta batalha
com as armas
espirituais da verdade
e da oração. Pois
percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora
da igreja, mas
também dentro
dela em falsos
evangelhos que
torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar
de Deus. Precisamos tanto de vigilância como
de discernimento para
salvaguardar o evangelho
bíblico.
Reconhecemos que
nós mesmos
não somos imunes
ao perigo de capitularmos ao
secularismo. Por exemplo,
embora tendo à nossa
disposição pesquisas
bem preparadas, valiosas, sobre
o crescimento da igreja,
tanto no sentido
numérico como espiritual,
às vezes não
as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem
acontecido que, na ânsia
de conseguir resultados
para o evangelho,
temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos
ouvintes com
técnicas de pressão,
e temos estado excessivamente
preocupados com as estatísticas,
e até mesmo
utilizando-as de forma desonesta.
A igreja tem que
estar no mundo;
o mundo não tem que estar na igreja.
Referências
Bíblicas: Efésios 6:12; 2Coríntios 4:3,4;
Efésios 6:11,13-18; II Coríntios 10 3-5; I João 2:18-26, 4:1-3; Gálatas 1:6-9;
II Coríntios 2:17, 4:2; João 17:15.
13. LIBERDADE E PERSEGUIÇÃO
É dever de toda nação, dever que foi
estabelecido por Deus,
assegurar condições
de paz, de justiça
e de liberdade em
que a igreja
possa obedecer a Deus,
servir a Cristo
Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das
nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de
consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a
vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Também expressamos nossa
profunda preocupação
com todos
os que foram injustamente
encarcerados, especialmente com nossos irmãos que
estão sofrendo por causa
do seu testemunho
do Senhor Jesus. Prometemos orar
e trabalhar pela
libertação deles. Ao mesmo tempo,
recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a
ajuda de Deus,
nós também
procuraremos nos opor
a toda injustiça
e permanecer fiéis ao evangelho,
seja a que custo
for. Não nos
esqueçamos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável.
Referências
Bíblicas: I Timóteo 1:1-4; Atos 4:19, 5:29; Colossenses 3:24; Hebreus 13:1-3; Lucas 4:18; Gálatas 5:11, 6:12; Mateus
5:10-12; João 15:18-21.
14. O PODER
DO ESPÍRITO SANTO
Cremos no poder do Espírito Santo.
O pai enviou o seu
Espírito para
dar testemunho
do seu Filho.
Sem o testemunho
dele o nosso seria em
vão. Convicção
de pecado, fé
em Cristo,
novo nascimento cristão,
é tudo obra
dele. De mais a mais,
o Espírito Santo
é um Espírito
missionário, de maneira
que a evangelização
deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do
Espírito. A igreja
que não
é missionária contradiz a si mesma e
debela o Espírito. A evangelização
mundial só se tornará realidade
quando o Espírito
renovar a igreja
na verdade, na sabedoria,
na fé, na santidade,
no amor e no poder.
Portanto, instamos com
todos os cristãos
para que orem
pedindo pela visita
do soberano Espírito
de Deus, a fim
de que o seu
fruto todo
apareça em todo
o seu povo,
e que todos
os seus dons
enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um
instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.
Referências
Bíblicas: I Coríntios 2:4; João 15:26, 27,
16:8-11; I Coríntios 12:3; João 3:6-8; II Coríntios 3:18; João 7:37-39; I
Tessalonicenses 5:19; Atos 1:8; Salmos 85:4-7, 67:1-3; Gálatas 5:22, 23; I Coríntios
12:4-31; Romanos 12:3-8.
15. O RETORNO DE CRISTO
Cremos que
Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em
poder e glória,
para consumar a salvação
e o juízo. Esta promessa
de sua vinda
é um estímulo
ainda maior
à evangelização, pois
lembramo-nos de que ele
disse que o evangelho
deve ser primeiramente
pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a
ascensão de Cristo até
o seu retorno
será preenchido com a missão do povo
de Deus, que
não pode parar
esta obra antes
do Fim.
Também nos
lembramos da sua advertência
de que falsos
cristos e falsos
profetas apareceriam como precursores
do Anticristo. Portanto,
rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade
humana a idéia
de que o homem
possa algum dia
construir uma utopia
na terra. A nossa
confiança cristã é a de que
Deus aperfeiçoará o seu
reino, e aguardamos ansiosamente
esse dia,
e o novo céu
e a nova terra
em que
a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto
isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo
e dos homens em
alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade
de nossas vidas.
Referências
Bíblicas: Marcos
14:62; Hebreus 9:28; Marcos 13:10; Atos
1:8-11; Mateus 28:20; Marcos 13:21-23;
João 2:18, 4:1-3; Lucas 12:32; Apocalipse
21:1-5; II Pedro 3:13; Mateus 28:18.
16. CONCLUSÃO
Portanto, à luz
desta nossa fé
e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os
outros, de orar,
planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo
o mundo. Instamos com
outros para que se juntem a nós.
Que Deus
nos ajude por
sua graça
e para a sua glória a sermos fiéis a este
Pacto! Amém. Aleluia!
Lausanne, Suíça,
1974.
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