Pr. José Vidigal Queirós
Introdução
Já conhecemos duas coisas
importantes sobre
o ministério diaconal: temos uma concepção geral
do que é o diaconato
e o fundamento bíblico para
o exercício do ministério
diaconal. O presente estudo
visa apresentar
o perfil do diácono,
segundo as Escrituras.
1.
Moralidade
A moralidade é requisito
fundamental que
define se alguém pode ou não exercer a função de diácono na igreja.
Quando a igreja
de Jerusalém precisou eleger os primeiros
diáconos foi estabelecido pelos apóstolos
como critério
de seleção a “boa reputação”
(At 6.3). Boa reputação significa passado limpo
que contribuiu para
a construção de uma
conduta ilibada; e trabalho honesto a bem
da sociedade que
garante uma boa fama.
Além disso, o apóstolo
Paulo, em 1Tm 3.8, aponta os seguintes critérios
morais:
a) Respeitáveis – significa que
o diácono deve ser
reconhecido como digno de honra.
O termo grego
usado por Paulo é semnos que significa “ser venerado pelo caráter”; “honorável”.
b) De uma só palavra
– Paulo usou o termo grego me (não) dilogos (dois
discursos, ambigüidade
no uso da palavra)
para designar que o diácono não usa a língua com astúcia para dizer
duas vezes a mesma
coisa de forma contraditória.
c) Não maldizentes – Paulo usou o termo
grego diabolos (diabo = acusador,
caluniador) para afirmar que o diácono jamais, em hipótese alguma, venha se tornar
um caluniador; jamais
use a língua para
difamar e injuriar uma pessoa.
d) Irrepreensível
– a expressão grega
anegkletos usada por
Paulo significa literalmente “que não pode ser julgado” ou
“não pode ser
acusado”. Isto significa que o diácono
deve ser alguém
em que
não se ache motivo
de acusação para
ser levado
a julgamento.
2. Espiritualidade
A
espiritualidade de um diácono é descrita em
At 6.3 pela expressão
“cheio do Espírito
Santo e de sabedoria”.
O termo grego
designado para sabedoria
é sofia que
deu origem ao vocábulo
Filosofia (amante
da sabedoria). O diácono
é um amante do saber, isto é, deve estar
interessado em conhecer
cada vez
mais, ir
mais além
do que já
sabe e do que vier a aprender. Deve ser uma pessoa sedenta do conhecimento
de Deus e de seus
desígnios. Isto
implica que o conhecimento
das Escrituras está em
primeiro lugar
em sua
vida e ministério.
Por ser cheio do Espírito
Santo, o diácono
haverá de reproduzir em
seu caráter
o fruto do Espírito:
“amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio
próprio” (Gl 5.22). Assim,
o diácono reproduzirá o caráter de Cristo
em sua
vida. O poder
para reproduzir o fruto do Espírito
não vem do homem,
mas do próprio
Espírito de Deus,
que em
nós habita. Apenas
devemos nos submeter
à vontade do Espírito
Santo.
3. Vida
Familiar
Por ser líder, a família
do diácono é observada por todos. Para ser diácono é necessário que o aspirante
ao diaconato seja pai
de família exemplar;
ou, no caso
das diaconisas, que sejam esposas fiéis
de caráter exemplar.
Com respeito
à família dos diáconos
e diaconisas, apóstolo Paulo apresenta
os seguintes critérios:
b) Mantendo os filhos em sujeição – o diácono
deve manter seus
filhos sob
sujeição e disciplina; não pelo uso da força e da violência,
mas pelo amor. Filhos
indisciplinados são sinais
de negligência da autoridade
paterna ou
do abuso da autoridade
(autoritarismo e arbitrariedade).
c) Governe bem sua própria casa – o
lar do diácono,
ainda que
seja modesto, deve ser um ambiente agradável, onde
cada coisa
deve estar no seu
devido lugar
e os membros da família
fazem o que deve ser
feito. A ordem
na casa é evidência
de que há governo
no lar.
Amados irmãos,
o ministério diaconal é uma das mais sublimes obras que um cristão pode
realizar, uma vez
que o próprio
Cristo foi o diácono
por excelência.
Que sua
moralidade, espiritualidade, vida familiar e
ministério sejam mantidos dentro dos limites
estabelecidos pelos critérios
divinos, para
que vocês
sejam diáconos e diaconisas aprovados por Deus.
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