Introdução
O IBGE, no senso de 2010,
registrou que 86,8% (164,92 milhões) da população brasileira adota a religião cristã, sendo que
64,6% (122,74 milhões) dos brasileiros são católicos e 22,2% (42,3 milhões) são evangélicos. Embora os índices
sejam tão elevados, a população “cristã” em nosso país não vive de acordo com os
princípios e valores propugnados pelas Escrituras. Isto justifica e demanda por
um investimento maior de recursos (humanos, materiais e financeiros) que as igrejas
batistas podem e devem fazer na obra missionária.
Na era apostólica, o testemunho
do evangelho era o modus vivendi dos
pioneiros da fé cristã. Eles conseguiram abalar as estruturas do Império Romano
sem a disponibilidade de recursos materiais e financeiros que hoje temos. Deus
tem em nossas mãos todos os recursos necessários não somente para campanhas
missionárias (propaganda), mas principalmente para a ação. Uma vez que “a seara é grande e os ceifeiros são poucos”
(Mt 9.37), o envio destes obreiros requer aplicação de recursos para o sustento
dos mesmos.
O texto de Mateus 9.35-38 chama nossa
atenção para a maior prioridade de Jesus: a missão. “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias,
ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de
doenças e enfermidades” (Mt 9.35). A agenda missionária
de Jesus continha três atividades missionárias indispensáveis: proclamação, discipulado e serviço. O
mesmo ele exige de nós hoje: “Assim como
o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Isto nos leva a crer que
cada discípulo de Jesus já está designado para o exercício da missão. Uma vez
que nem todos podem abandonar tudo para viver exclusivamente na missão, então,
temos uma premissa a adotar: Quem não vai
deve mandar um substituto. Mas o que nos motiva a enviarmos a fazermos
isso? A resposta, creio eu, encontra-se em Mateus 9.35-38. A experiência de
Jesus nos leva a prender três verdades inesquecíveis:
1. A missão consiste na conquista de pecadores que vivem sem Deus –
“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias...” (v. 35).
Tal como Jesus, precisamos percorrer todas as
cidades e aldeias do nosso Estado por duas razões:
a) O pecador não vem a Cristo, precisa ser trazido – “... percorria
Jesus todas as cidades e aldeias...”
b) O pecador está perdido e precisa ser encontrado – “como ovelhas
que não têm pastor”.
2. A missão se justifica pelas
necessidades das almas carentes de Deus – “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas,
porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor” (v. 36).
O homem sem Deus é uma alma que padece:
a) Vive
sem paz em busca de alívio – “aflitas
e exaustas”.
b) Vaga
sem direção em busca do caminho certo – “ovelhas
que não têm pastor”.
Todo ser humano tem quatro necessidades que só
Deus pode suprir:
a) O caminho certo que o conduza ao destino desejado - Jesus é o caminho (Jo 14.6);
b) O alimento adequado que fortaleça seu espírito - Jesus é o pão da vida (Jo 6.35);
c) A
solução eficaz para os males que o atormentam - Jesus é alívio para os oprimidos (Mt 11.28);
d) Um refúgio seguro que o resguarde dos perigos e temores - Jesus é o abrigo (Mt 7.24-25).
3. A missão é realizada por crentes
comprometidos com Deus – “Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao
Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (vv. 37-38).
O desempenho da missão depende de dois tipos
de crentes:
a) Dos que oram e sustentam a obra – “Rogai ao Senhor da seara...”
b) Dos enviados que executam a obra – “... que mande trabalhadores para
a sua seara”.
Conclusão
Deus tem uma estratégia
missionária para a execução do seu plano redentivo e ela consiste em usar
homens que vivem com Deus para conquistar os homens que vivem sem Deus. Este é
o cerne da missão. Se você vive com Deus é um escolhido para a missão. Você tem
duas opções: ou vai ou sustenta os que vão. Quem não está na missão é o principal
alvo dela. Se você estiver fora da
missão, lembre-se que alguém vai estar orando e contribuindo, Deus mandará um substituto e
você estará de fora por toda a eternidade. Jesus disse: “Quem não é por mim, é contra
mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Proponho que,
nesta campanha de Missões Estaduais, você vá pessoalmente ou contribua com uma
oferta generosa para mandar um substituto em seu lugar. A bênção do Senhor
esteja sobre você e sua casa.
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