29 de fevereiro de 2016

A EXEMPLARIDADE DE UM MINISTRO DE DEUS


TEXTO: At 20.17-38


INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo foi um homem extremamente zeloso não somente pela sua carreira, mas também por todos os que, juntos com ele, se envolveram no ministério. O texto bíblico que acabamos de ler é o registro do discurso de sua despedida dos presbíteros da igreja de Éfeso. Uma vez que aquele era seu último encontro com aqueles ministros de Deus, Paulo aproveitou a oportunidade para fazer-lhes algumas exortações e deixar como legado seu exemplo de vida. Ao expor seu testemunho de vida, o apóstolo Paulo ensinou aos componentes do presbitério de Éfeso que a dignidade do ministério manifesta-se pela exemplaridade da vida de quem o exerce.  
Nesta era pós-moderna, caracterizada pelo pluralismo ideológico, cultural e religioso, a igreja tem sido a maior vítima do desgaste da imagem de um homem de Deus, em consequência do profissionalismo e mercantilismo religioso que barateiam o evangelho e aviltam o caráter divino. O contexto em que vivemos demanda com urgência por pastores, cujo exemplo de vida faça jus à dignidade do ministério que exerce. Como podemos identificar, nos dias atuais, um ministro de Deus exemplar? O apóstolo Paulo nos revela que a exemplaridade de um ministro de Deus manifesta-se de três formas:


I-  Pela relevância do seu caráter

O caráter de um ministro exemplar é assinalado pelas seguintes virtudes:
1.  O amor profundo que ele tem por Jesus – “... servindo ao Senhor com toda a humildade, e com lágrimas e provações” (v. 19).
2.  A força exuberante de sua coragem – “constrangido no meu espírito, vou a Jerusalém, não sabendo o que ali acontecerá” (v. 22-23).
3.   A disposição ao sacrifício da própria vida – “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa” (v. 24).
4.   O senso do dever a cumprir – “contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor” (v. 24).

II-   Pela relevância do seu discurso

O discurso de um ministro exemplar é relevante pelas seguintes razões:
1.   Nada omite do que deve ser dito – “jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa” (v. 20).
2.   Direciona a mensagem sem discriminar os ouvintes – “tanto a judeus como a gregos” (v. 21).
3.   Focaliza os objetivos definidos por Deus – “o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 21).
4.    Fundamenta-se nos eternos desígnios de Deus – “todo o conselho de Deus” (v. 27).

III- Pela relevância dos seus atos

As atitudes de um ministro exemplar põem em relevo suas maiores virtudes:
1.   Seu zelo intenso pelos colegas de ministério – “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça” (v.18).
2.     A honra de ser inocente, isento de qualquer suspeita – “De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes” (v. 33).
3.    A magnitude sublime de sua generosidade – “... estas mãos proveram as minhas necessidades e as dos que estavam comigo” (v.34).
4.     Atribuem-lhe o mérito de servir como exemplo – “Em tudo vos dei o exemplo..." (v. 35).

Conclusão
Amados, permitam-me reiterar a tese deste discurso: A dignidade do ministério manifesta-se pela exemplaridade da vida de quem o exerce. Lamentavelmente, um número acentuado de pastores é hoje motivo de vergonha. Em detrimento da honra, tais obreiros adotaram o padrão da mediocridade e, por esta razão, estão destituídos do mérito do ministério eclesiástico.
A dignidade do episcopado está reservada a homens, cuja exemplaridade de vida é manifesta pela relevância de seu caráter, de seu discurso e de suas obras. A credibilidade no que dizemos depende daquilo que nós somos e fazemos. Conclamo todos vocês a que sejamos ministros que honrem o ministério, sendo exemplares no caráter, no discurso e nas obras, para que as próximas gerações glorifiquem a Deus pelos ministros que tiveram.

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