16 de novembro de 2018

A PEDAGOGIA DE DEUS

(2Tm 3.10-17)

Introdução
     Precisamos trazer à memória uma verdade incontestável: tudo que sabemos é resultado de um processo de aprendizagem. Há apenas duas realidades que precisamos conhecer e das quais nossa existência depende: a realidade física, que é o ambiente do homem; e a metafísica, o ambiente de Deus. A primeira é conhecida por meio da ciência, onde a razão e a lógica predominam. A segunda é conhecida pela revelação, sendo a fé o dom pelo qual o Espírito de Deus nos dá entendimento do que foi revelado. Isto significa que temos dois processos de aprendizagem: a pedagogia humana e a pedagogia divina.
     Com referência à pedagogia de Deus, no texto que lemos, o apóstolo Paulo nos revela como ela funciona. Paulo exortou Timóteo a gerir sua vida e ministério, fazendo uso das Escrituras, como fonte de conhecimento adquirido através de um processo de aprendizagem contínuo. Mas o que isso tem a ver conosco? Tem muito; sabe por que? Porque, as Escrituras são o registro fiel e inerrante da revelação de Deus.
     Em sua exortação a Timóteo, o apóstolo Paulo descreveu as Escrituras como o recurso por meio do qual Deus haveria de cumprir sua vontade soberana na vida de seus eleitos. Agora preste atenção para a grande verdade que deve ser aplicada como princípio de regência para a sua vida: nosso crescimento espiritual resulta de um processo de aprendizagem definido pela pedagogia divina. Diante disto, uma questão precisa ser respondida: quais os componentes do processo pedagógico divino? Nesta epístola, Paulo nos revela que, na pedagogia de Deus, o processo de aprendizagem compõe-se dos seguintes elementos:

I- Os RESPONSÁVEIS pelo aprendizado - “sabendo de quem o aprendestes” (v. 14).
  • O pai e, em sua vacância, a mãe (At 16.1-3; 2Tm 1.5; cf. Dt 6.4-8).
  • Um discipulador - “Tu, porém, tens seguido de perto o meu ensino...” (v. 10).

II- O TEMPO necessário – o curso da existência
  • Começa na infância - “… desde a infância, sabes as sagradas letras...” (v. 15).
  • Continua por toda a vida - “...Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste...” (v. 14).

III- O CONTEÚDO a ser aprendido – As Escrituras
  • Fonte de conhecimento dos mistérios de Deus - “Toda a Escritura é inspirada por Deus...” (v. 16). Literalmente, significa que Deus sopra e o homem inala.
  • Guia espiritual para a salvação  - “… as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (v. 15).
  • Recurso pedagógico para modelar nosso caráter - “… útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça...” (v. 16).

IV- Os RESULTADOS esperados
  • Plena maturidade espiritual - “… a fim de que o homem de Deus seja perfeito...” (v. 17).
  • Aptidão para o exercício do ministério - “… perfeitamente habilitado para toda boa obra” (v.17).

Conclusão

      A Palavra de Deus escrita é, e sempre haverá de ser, nossa única alternativa como fonte de conhecimento de Deus, de suas obras e de seus desígnios. Ela é o recurso pedagógico, provisionado por Deus, para a educação da criança e o treinamento do adulto. Por meio dela, Deus nos fala; portanto, ignorá-la significa descaso para com Deus que traz como resultado perdição eterna.
     Meditemos, estudemos, ensinemos e aprendamos incessantemente todo o conteúdo das Sagradas Escrituras, pois elas haverão de nos tornar perfeitos e perfeitamente habilitados para toda boa obra.

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