(Rm 14.17)
INTRODUÇÃO
O
tema proposto diz respeito à aplicação dos valores do reino de Deus na prática
da vida cristã diária. Assim sendo, é imprescindível que se tenha uma concepção
correta do significado de reino de Deus, segundo as Escrituras. Interrogado
pelos fariseus sobre o reino de Deus, Jesus deu a eles a seguinte resposta: “o reino de Deus está dentro de vós (Lc
17.21).
Com
base nesta declaração de Jesus, podemos afirmar que o Reino de Deus é a esfera da salvação onde Deus governa no coração do
homem. Isto nos dá a convicção de que Deus pretende estabelecer no mundo
uma nova ordem através da qual o padrão de relações humanas é definido pelos valores
centrais do reino divino.
À
luz do versículo lido em Rm 14.17, a vida cotidiana dos membros de uma
comunidade cristã deve ser regida pelo seguinte princípio: a prática da justiça estabelece a paz que promove a alegria dos súditos
do reino de Deus. Isto deve ser entendido da seguinte forma:
1. JUSTIÇA é o valor central do reino de Deus
Temos
duas razões para crer nisso:
a) Porque Jesus nos conclama a
centralizar nossa vida na prática da justiça – “buscai,
pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas” (Mt 6.33).
b) Porque a justiça é o
parâmetro pelo qual Deus mede a nossa conduta – “Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os
pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto
das suas ações” (Jr 17.10).
Há
três tipos de justiça:
a) Distributiva – distribuição de valores segundo
a necessidade de cada um.
b) Restitutiva – devolução de valores ao seu
legítimo proprietário.
c) Retributiva – retribuição segundo o mérito de
cada um.
2. PAZ é o padrão de relações onde a justiça prevalece
Dois fatos comprovam isso:
a) Filhos de Deus são promotores da paz – “Bem-Aventurados os pacificadores, porque
serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).
b) Embaixadores de Cristo são agentes da reconciliação – “Ora, tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação” (2Co 5.18).
3. ALEGRIA é a expressão da alma plenamente satisfeita
Temos
duas razões para crer nisso:
a) Somos exortados a cultivar um ambiente alegre – “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo: alegrai-vos” (Fp 4.4); “Regozijai-vos
sempre” (1Ts 5.18).
b) A alegria se manifesta onde reina a COMUNHÃO – “Diariamente perseveravam unânimes no
templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração” (At 2.46).
Conclusão
Recordando o que o apóstolo
Paulo disse – “Porque o reino de Deus não
é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm
14.17) – afirmamos outra vez que a
prática da justiça estabelece a paz que promove a alegria dos súditos do reino
de Deus. Uma vez que o reino de Deus é a esfera da salvação onde Deus
governa o coração dos salvos, então conclamo a todos vocês a agirmos com
justiça no trato com todas as pessoas, para que haja paz em nosso meio e a
alegria seja a nossa recompensa. Deus seja louvado.
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